Contra o abuso sexual de crianças e adolescentes
O dia 18 de Maio – “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei Federal 9.970/00, é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro.
Por isso a Associação Beneficente dos Agostinianos Recoletos de Fortaleza (ABARF), através do Lar Santa Mônica, estará apoiando e promovendo no dia 18 de Maio, juntamente com outras entidades, um seminário que trará este temática a fundo, com fins de propor itinerários de uma politica publica especifica que auxilie neste processo cotidiano de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Esse dia foi escolhido porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.
É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual. A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve vários fatores de risco, quando se considera as relações de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, de classe social, de geração e de condições econômicas.
Uma em cada cinco meninas no Ceará abusadas
Só no Estado do Ceará, em 2021 se constatou que uma a cada cinco meninas cearenses afirma já ter sofrido violência sexual. Dentre as capitais brasileiras, Fortaleza foi a que registrou o percentual mais elevado de crianças e adolescentes que já sofreram algum tipo de abuso sexual. Ou seja, um recorte monstruoso de 23% das meninas cearenses de 07 a 17 anos foram vítimas de algum tipo de violência sexual.
Precisamos apelar para o poder publico, convocar a sociedade civil para esta realidade e traçarmos um plano local que entre na agenda da esfera publica e que efetivamente busque erradicar os casos de violência sexual de crianças e adolescentes.